Opa, galerinha! Tudo em ordem? Bem, a experiência de estar prestes a lançar meu livro me inspirou a vir contar como tem sido desde o início essa vida de escritor. Então, sendo assim, coloquei o marcador específico para que você que gosta de escrever e pensa em escrever um livro, acompanhar mais ou menos o processo do papel ao livro. Vou estar embasando tudo pelo meu livro Identidade Espiã, beleza? Simbora!

1. UM GOSTO SEU

Bem, engana-se quem pensa que vai conseguir escrever uma história sobre rock metalica se o gosto mesmo é por música clássica. Se está pensando em escrever algo que não te agrada só porque está sendo bem visto pelo mercado literário, eu te aconselho pensar melhor. Sabe porque? Primeiro, você vai perder a vontade de escrever rapidinho. Segundo, geralmente falamos beeem melhor daquilo que gostamos. E, sabemos que um livro necessita de muitos detalhes. Como você pretende detalhar aquilo que não sabe como funciona ao certo?

2. ADEUS VIDA SOCIAL (??)

Nem pense nisso! kkk. Quando eu comecei a escrever meu primeiro livro (que não era Identidade Espiã), eu pensava que tinha que me dedicar exclusivamente ao livro. O pessoal me chamava pra sair e eu "Não posso, tenho que escrever". Vá devagar, coisinha. Só quem tem prazo para escrever histórias são escritores que já possuem um certo reconhecimento e possuem séries de livros que precisam ser lançadas em certo período para que o "tesão" do leitor não acabe. No mais, escreva quando você tiver tempo e inspiração. Não adianta fazer que nem a pessoa que vos fala, que recusava sair de casa, ficava em frente ao PC e não digitava nada porque simplesmente não tinha inspiração, e isso porque eu me forçava a escrever.

3. PENSE ANTECIPADAMENTE

Não sei os demais mas, eu, prefiro pensar no começo, meio e fim do livro antes de começar a escrevê-lo. Fui tentar começar um certa vez apenas com a ideia do começo (pensando que enquanto fosse escrevendo o resto viria naturalmente) e quando chegou no sétimo capítulo, se não me falha a memória, eu travei. 

3.1 MONTE SEU ESQUEMA

Uma vez, assistindo a Lycia Barros, ela ensinou uma coisa legal chamada cenas sorvete. Não me pergunte o porque do nome, mas serve que é uma beleza rs. As cenas sorvete significam listar todos os momentos importantes do livro, para que depois disso, você "apenas" acrescente a história entre uma cena sorvete e outra, conectando-as.

Exemplo:

- Fulano perde a mãe

- Fulano se muda para a capital

- Sicrano encontra Fulano na rua meses depois de sua mudança e engatam uma conversa que vai resultar em amizade

- Fulano fica sabendo que Filó não é quem diz ser através de Sicrano

- Filó aparece semanas depois com Beltrano na festa de Fulano, fazendo com que antigas memórias voltem

- Filó está grávida

- Em uma visita de Fulano à casa de Sicrano ele descobre um teste de gravidez

- ...

... e assim vai. As cenas sorvetes servem para nortear sua história para que, em dado momento da trama, você não se sinta perdido sem saber o que vai acontecer depois.

PS: não cometam o mesmo erro que eu. Quando estava escrevendo o primeiro livro, fiz planos (a pessoa com 15 anos faz planos pra quê? Me digam kkk) para escrever uma série de sete livros. SETE! Um ano depois eram cinco. Depois três. Depois só um mesmo. A questão é: pegue leve. Escrever um livro cansa. Você provavelmente vai se sentir desestimulado ao terminar o primeiro e escrever mais seis (no meu caso) e a história vai acabar ficando inacabada no primeiro livro e você terá que: jogar tudo dos outros seis no segundo livro OU criar um final alternativo também para o segundo livro. RESULTADO: pense muito bem se seu livro será uma série, uma trilogia ou uma trama de um livro só. Planeje.

Dito isso, mãos à obra!!