DIA DAS MÃES

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MÃE, MAINHA, MAMÃE, MAMA, MOM, MOMMY, INA, MADRE, MUTTER, SÃO PALAVRAS DESTINADAS a uma mesma pessoa. Pessoa essa que nos conhece melhor do que sequer possamos imaginar. Sabem nossos medos, nossos sonhos, o que nos alegra, o que nos entristece, o que nos motiva, a comida capaz de levantar nosso humor e até mesmo quando estamos apaixonados e nem sabemos disso rs. 

Partilhamos a vida com elas desde que somos gerados, certo? O que ela come, acaba sendo nosso. Sua energia, é transmitida para nós. Sua disposição nos atinge, e assim por diante. Temos uma conexão que dificilmente é encontrada uma semelhante em toda a história da humanidade. 

Mãe é carinho quando estamos passando por aqueeela "bad"; é conselheira quando vê que tem algo ruim maquinando em nossa cabeça; é confidente no momento que temos algo pra contar; é a melhor chef de cozinha quando sabe que tudo que estamos querendo é aquele prato que só ela sabe fazer; é a super heroína mais eficiente quando temos uma atividade, um trabalho e uma maquete do sistema solar para entregar no dia seguinte; é a melhor mediadora de conflitos quando eu e meus amigos achamos que o brinquedo só pode ser de uma pessoa; é a melhor comediante quando tenta fazer coisas para nos pôr pra cima; é amor constante, independente da situação.

Porém, mãe também é sacrifício. Não temos noção do tanto de coisas que abriram mão ao longo de sua jornada como mãe para que nos proporcionasse coisas boas. Muitas vezes falamos apenas nas noites de sono perdidas. Mas, o fato é que isso é uma pequena, bem pequena, pequena mesmo, parcela do que elas sacrificam por nós. As noites de sono são apenas nos primeiros anos. E em todos os demais? Deixa de comprar aquela roupa que tanto quer para nos dar um presente no Dia das Crianças, deixa de sair pra jantar com as amigas porque adoecemos (ou por pura birra às vezes), deixa de ter um jantar romântico com nosso pai em um restaurante legal porque não conseguimos terminar aquele projeto para a feira de ciências do colégio. 

Agora, vou falar me pondo como base da equação em relação às minhas mães (mãe e avó). Moro longe delas há pouco mais de 3 anos. Sei o quanto foi, é, e continuará sendo difícil para elas me ver longe do ninho que construíram ao meu redor desde que me entendo por gente. Ver minha avó preparando as porções de carne nos fins de semana para que eu levasse pra minha casa na segunda, porque eu simplesmente não conseguia temperar uma carne (hoje eu já sei!); dizer "Mãe, me dá dinheiro pra sair com o pessoal?" e ela dizia "Pegue na minha carteira" e eu sentia um nó na boca do estômago quando via o quanto ela estava sacrificando só pra me ver feliz saindo com os meus amigos; o esforço enoorme que minha avó fez pra ajudar na minha formatura, assim como as noites em claro preocupada em como eu estava me saindo sozinho em outra cidade a mais de 250km; ler as mensagens da minha mãe de "Dê notícias, quero saber se está vivo"; ou as diversas vezes que chegaram pra me dar conselho e eu, por achar que era o dono da razão, achar que elas estavam erradas, e no fim das contas eu é que quebrava a cara. Nossa, como eu amo vocês. Sinto uma falta cruel de quando chego em casa e não tenho pra quem contar sobre as novidades, pedir conselho ou apenas me dar um luxo de me deitar enquanto vocês fazem aquele almoço delicioso de domingo. Sinto falta do "acorde pra ir estudar", do "venha tirar o prato da mesa!", do "não deixe toalha molhada em cima da cama", do "vá ali no mercado comprar umas coisas pra mim, e não deixe que eu peça de novo", da risada dela quando eu dizia "mas também, só quem faz as coisas nessa casa sou eu" quando na realidade sempre foram elas. Agora, me digam, se isso não for amor por cada gesto de vocês por mim, o que é? Já desejei vocês ao meu lado tantas vezes... Quando levei 5 tentativas pra saber fazer um cuscuz, quando não sabia o tempo que levaria pra cozinhar uma batata doce, quando não tinha noção de como fazer um arroz refogado, quando não sabia como fazer uma faxina decente no apartamento, quando não sabia a diferença entre linguiça toscana e mista ou alface americano e crespo no supermercado. É nesses momentos de choro ao falar tudo isso que percebo o quanto minto pra vocês ao dizer que sou independente. Sou TÃO dependente do amor de vocês, do cuidado de vocês, da ajuda de vocês, dos sermões e da preocupação sempre presente. Obrigado por terem moldado meu caráter ao longo dos anos, por serem as responsáveis pelas frases de "elas te criaram muito bem", por ter ficado em casa cuidando de mim (vó) enquanto minha mãe saía pra trabalhar desde quando eu era um bebê, por sempre serem as pessoas que depositam toda a fé que possuem no meu potencial.

Feliz Dia das Mães para todas as rainhas do sacrifício e da renúncia, do carinho e do amor, da preocupação e do medo pelo o que o mundo pode fazer conosco a partir do momento que tentamos alçar voos sozinhos. Vocês são corajosas por isso, e por tudo mais que vem fazendo desde o instante que nos colocaram no mundo. Vocês são vocês e não existe ninguém que possa se equiparar. Vocês são MÃES!

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